Estúdio Raposa

História 136
As duas perdizes

 


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Porque são pequenas, vamos ouvir não uma, mas duas histórias. Fui busca-las às “Histórias tradicionais do Algarve” de Ataíde de Oliveira

MÚSICA

Certo homem casado levou à sua mulher duas perdizes e ordenou-lhe que as preparasse para o jantar enquanto ele ia dar um passeio. A mulher preparou as perdizes e esperou o marido. Demorou-se algum tempo, e a mulher para entreter a fome, começou pela perna duma perdiz, e passados alguns minutos tinha comido as duas perdizes sozinha. Nesta ocasião chegou um vizinho à procura do marido.
- Vá-se embora, vizinho, o meu marido está muito zangado consigo: jurou-me que lhe havia de cortar as duas orelhas.
O vizinho safou-se. Ia a certa distância entrou em casa o marido. - Não sabes? O nosso vizinho furtou-nos as duas perdizes, disse a mulher.
O marido viu o vizinho correr a certa distância e pôs-se a correr para ele, dizendo:
- Ó vizinho, ao menos uma.
E o vizinho mais corria, dizendo com as mãos agarradas às orelhas: - Nem uma, nem nenhuma, vizinho, supondo que o vizinho se
referia às suas orelhas.
É agora a outra história
A música foi inventada por dois sapateiros, que moravam a certa distância um do outro. Um dos sapateiros era conhecido pelo Do-re-mi, o outro não tinha nome que deva ser mencionado a propósito desta história. O sol dava cedo à porta do Do-re-mi, e quando o vizinho queria saber se já fazia sol, perguntava:
- Ó Do re mi? faz sol lá? (fa. sol. la). O outro respondia: sim (o si).
MÚSICA

Acabámos de ouvir duas histórias curtinhas que fui buscar ao livro de Ataíde de Oliveira, “Histórias Tradicionais do Algarve”. Até à próxima história
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