Mário Cesariny de Vasconcelos nasceu em 1923 em Lisboa. Fez estudos de belas artes em Lisboa e Paris. Interessou se igualmente, pela música. Encontrou se em 1947 com André Breton, aderindo ao movimento francês. No mesmo ano, atraído pelo surrealismo, de que é ainda hoje, um dos expoentes mais significativos, teve grande influência na criação do 1º Grupo Surrealista de Lisboa, do qual pouco depois se separou, formando com António Maria Lisboa um grupo dissidente, que não sobreviveu. Na sua poesia sobrevivem o mais vivo e lúcido sarcasmo e o mais impetuoso e angustiante lirismo, expresso através de uma linguagem rica de imagens, de contrastes, de sugestões insólitas. Mário Cesariny é hoje considerado (juntamente com Alexandre O’Neill) um dos expoentes máximos do surrealismo em Portugal. O seu primeiro livro, "Corpo Visível", data de 1950.
Mário Cesariny, além de poeta, romancista, ensaísta e dramaturgo, dedicou se também às artes plásticas, nomeadamente à pintura.
Obras:
"Corpo Visível" 1950
"Discurso sobre a Reabilitação do Real Quotidiano" 1952
"Louvor e Simplificação de Álvaro de Campos" 1953
"Manual de Prestidigitação" 1956
"Poesia (1944 1955)" s./d.
"Pena Capital" 1957
"Alguns Mitos Maiores e Alguns Mitos Menores Postos à Circulação pelo Autor" 1958
"Nobilíssima Visão" 1959
"Planisfério e Outros Poemas" 1961
"Um Auto para Jerusalém" 1964
"Titânia e A Cidade Queimada" 1965
"19 Projectos de Prémio Aldonso Ortigão Seguidos de Poemas de Londres" 1971
"As Mãos na Água e na Cabeça" 1972
"Burlescas, Teóricas e Sentimentais" 1972
"Primavera Autónoma das Estradas" 1980
"Vieira da Silva, Arpad Szenes ou O Castelo Surrealista" 1984
"O Virgem Negra" 1989
"Titânia" 1994
