Federico García Lorca, nasceu em Fuente Vaqueros (Espanha) em 1898.
A sua infância, passada no campo, e as suas viagens através de Castela inspiraram lhe um profundo conhecimento do povo espanhol ("Impressões e Paisagens", 1918).
Entre uma provação e outra, estudou solfejo e piano. Fez o curso secundário em Granada e ingressou, em 1914, na Universidade de Granada, pela qual se diplomou em direito (1923), ali estudando também filosofia com Fernando de los Ríos que o estimulou a mudar se para Madrid.
A partir de 1925, passou a colaborar em vários periódicos da capital, sobretudo em La Gaceta Literaria e na Revista de Ocidente. É a partir do ano de 1926 que ele forma, com Salinas, Guillén, Alberti e outros poetas jovens, o grupo dos chamados poetas de vanguarda, seguindo as pegadas de Juan Ramón Jiménez, que revolucionaria a poesia espanhola daquela época, ainda marcada pela influência deste poeta. Foi também nesta altura que se tornou amigo íntimo de Salvador Dalí e Manuel de Falla, desenvolvendo e realizando, desta forma, a sua vocação precoce em direcção à música, à pintura e ao teatro ("O malefício da borboleta", 1920), à poesia ("Livro de poemas", 1921) e alcançou a celebridade graças a uma peça patriótica ("Mariana Pineda", 1927) e a uma compilação de "Canções ciganas" (1927). Reuniu no seu "Romanceiro Cigano" (1928) as diversas inspirações líricas da Espanha e, posteriormente, fez um ciclo de conferências nos EUA. Depois da publicação do "Poema del canto jondo" (1931), consagrou se no teatro, como director do grupo ambulante da "Barraca" e como autor, escrevendo peças para teatro de marionetes ("O pequeno retábulo de D. Cristóbal"), fantasias poéticas ("O amor de Perlimplin e de Belisa no seu jardim", 1931) e uma trilogia dramática ("Bodas de sangue", 1933; "Yerna", 1934; "A casa de Bernarda Alba", 1936).
Embora não fosse ligado à política, jamais deixou de manifestar aversão aos fascistas, que considerava forças opressivas contrárias à criatividade e à liberdade. Em 1936, no início da Guerra Civil Espanhola, foi detido em Gramado e fuzilado pelos franquistas. O seu corpo nunca foi encontrado e, provavelmente, terá sido sepultado numa vala comum.
Uma das suas últimas obras foi "Canto fúnebre para Ignácio Sánchez Mejías" (1935).
Não se pode negar a Garcia Lorca o papel de um dos mais representativos poetas espanhóis das três primeiras décadas de nosso século, com expressiva repercussão até os dias actuais. Inegavelmente foi aquele que, conseguiu alcançar os patamares da fama e despertar maior entusiasmo dentre todos entre os de sua geração.
Na poesia lorquiana aliam se, de maneira maravilhosa, todos os elementos da poesia e da alma espanhola. É o poeta da imagem plena de louçania e de originalidade, da sugestão, do verso musical e cheio de luzes interiores que brota com espontaneidade de seu coração...
Faleceu em Viznar, em 1936.
Obras a destacar:
"Libro de Poemas", (1921)
"Poema del Cante Jondo", (1921)
"Primeras Canciones", (1922)
"Canciones", (1921 1924)
"Romancero Gitano", (1924 1927)
"Poeta en Nueva York", (1929 1930)
"Llanto por Ignacio Sánchez Mejíaz", (1935)
"Seis Poemas Galegos", (1935)
"Diván del Tamarit", (1936)
