António Ramos Rosa
BIOGRAFIA
 

António Víctor Ramos Rosa nasceu em Faro, em 1924. Nos anos 50, altura em que era apenas conhecido como crítico literário e ensaísta, foi fundador e/ou co director das revistas literárias "Árvore", "Cassiopeia" e "Cadernos do Meio Dia", tendo também colaborado em diversas publicações francesas, espanholas e brasileiras. É com a publicação do livro "Grito Claro" que se torna conhecido como poeta.
Organizou e prefaciou várias antologias e foi tradutor de algumas obras.
A sua poesia figura em inúmeras antologias estrangeiras, nomeadamente na Europa e América Latina. Estão reflectidos, ao longo da sua obra, desde o subjectivismo inicial ao cultivo puramente objectivo, elementos neo realistas, surrealistas, neo clássicos e neo barrocos.
A sua obra tem sido reconhecida publicamente, e a comprová lo está a crescente acumulação de prémios relacionados com a sua actividade e os
recitais que são realizados com os poemas do autor. O seu nome também já foi apontado como candidato ao Prémio Nobel da Literatura.
Em 1976 recebeu o prémio de tradução da Fondation de Hautvilliers e em 1988 foi lhe atribuído o Prémio Fernando Pessoa.

Obras poéticas: "Grito Claro", 1958; "Viagem através de uma Nebulosa", 1960;
"Voz Inicial", 1961; "Sobre o Rosto da Terra", 1961; "Ocupação do Espaço", 1963; "Terrear", 1964, "Estou Vivo e Escrevo Sol", 1969; "A Construção do Corpo", 1969; "Nos Seus Olhos de Silêncio", 1970; "A Pedra Nua", 1972; "Não Posso Adiar o Coração", 1974; "Ciclo do Cavalo", 1975; "Animal Olhar", 1975; "Respirar a Sombra Via", 1975; "Boca Incompleta", 1977; "A Imagem", 1977; "As Marcas no Deserto", 1978; "A Nuvem sobre a Página", 1978; "Círculo Aberto", 1979; "O Centro na Distância", 1981; "Dinâmico Subtil", 1984; "Clamores", 1993; "O Centro Inteiro", 1993 (em colaboração com Agripina Costa Marques e António Magalhães); "O Teu Rosto", 1994; "Pela Primeira Vez", 1996; "A Imobilidade Fulminante", 1998.
Antologias: "A Mão de Água e A Mão de Fogo".
Ensaio: "Poesia, Liberdade Livre", 1962; "A Poesia Moderna e a Interrogação
do Real", 1979 e 1980; "Incisões Oblíquas", 1987; "A Parede Azul", 1991; "As
Palavras", 2001.