INDICATIVO
Voltamos a ouvir outra história de S. Pedro e do Divino Mestre. A origem é a mesma: “Contos Tradicionais do Algarve” de Ataíde de Oliveira.
MÚSICA
S. Tomé tinha por hábito trabalhar ao domingo. Em certa ocasião passaram S. Pedro e seu Divino Mestre junto de uma propriedade pertencente a S. Tomé. Disse S. Pedro:
- Vê-de, meu Divino Mestre, essa propriedade que Tomé fez ao domingo!. ..
- Sim, fez essa propriedade, mas ele somente se salvará se arrancar todas estas árvores e cepas, que ali plantou, dar-lhes fogo e meter-se dentro da fogueira.
S. Pedro esteve com S. Tomé e contou-lhe o que o Divino Mestre lhe dissera; e logo este arrancou as árvores e as cepas da sua propriedade, deu-lhes fogo, metendo-se dentro da fogueira.
N o dia seguinte tornaram a passar por ali S. Pedro e o Divino Mestre.
- Pobre Tomé! Morreu na fogueira! exclamou o S. Pedro.
- Vai ao monte de cinzas e traz o que ali encontrares. - disse o Divino Mestre.
Foi S. Pedro e trouxe uma pera, que o Divino Mestre guardou no alforge.
Chegaram ambos à casa de um lavrador. Uma filha do lavrador foi mexer no alforge e encontrou a pera e comeu-a. Dias depois apareceu pejada, isto é, grávida.
Andavam os lavradores envergonhados pelo facto da filha se apresentar por aquela forma. A filha defendia a sua honra a pés juntos.
Tornaram por ali a passar S. Pedro e o Divino Mestre. Os lavradores foram consultar o Mestre sobre o assunto.
Chama tua filha, ordenou o Divino Mestre.
Apareceu a rapariga muito envergonhada.
- Aproxima-te de mim, ordenou o Mestre.
A rapariga aproximou-se e o Mestre disse:
Entre mim e ti
Três dias estão
Sai-te já daí
Tomé bom e são.
Apareceu logo S. Tomé e a rapariga ficou boa.
MÚSICA
Ouvimos mais uma história de S. Pedro e do seu companheiro, o Divino Mestre.
INDICATIVO