Gelly Fritta
OBRA

Teu mistério

Teu pensamento canta
Teu corpo dança
Teu olhar fala
Mas o teu coração cala.

teu olhar mexe
teu toque marca
teu silêncio fere
Mas o teu brilho cicatriza.

Tua nudez veste
Tua fantasia cobre
Teu orgasmo brilha
Mas o teu prazer ninguem possui.

Teu sorriso atenta
Tua sensatez, não sei
Tua estupidez, talvez
Pois todo o teu prazer... é mistério.

Saberei

Se brilhar a luz do teu prazer
Sobre o meu corpo de mulher
É bom saber que a noite é gigante
quando a solidão abraça
Mas também é uma criança
Se você me ampara.
Se o suor do teu prazer
molhar o meu corpo sedento
Saberei quem somos nós
Saberei se sou momento.

Ponto final

Tuas mãos experientes
Teu corpo quente, sensual, ardente
Naquela noite tão inocente
Meu lado meio louco e indecente.

Indecência, medo, indecisão
Corpo molhado, pecado, excitação
Beijo chocante, toque eletrizante
Um jogo perigoso sendo a minha perdição.

Cansados de tanto não e sim
Desejos imensos quase sem fim
Fizeram minha resistência chegarem ao sim

Num toque de prazer e sedução
O ponto final daquela noite
Foi um olhar, um adeus e um aperto de mão.

Teus olhos         
   
   tenho medo dos teus olhos      
   que me prendem e me fascinam
   tenho medo da coragem
   que todo o meu corpo domina.
 
   coragem de esquecer quem sou
   para ser tua, ficar tua
   até onde o momento pedir.
   coragem para sair do ontem
   invadir o hoje com você aqui
   
   tenho medo dos teus olhos
   eles desafiam minha sensatez
   estupidez covarde de ser feliz outra vez.
   
   mas, tenho medo de ficar com medo
   do desejo que me toma inteira
   quando teus olhos ascende a fogueira
   no meu corpo de mulher faceira.  

Orgasmo
 
  tua nudez  me veste de desejo,
  teu prazer me despe
  inteiramente.
  nossos corpos
  descobrem nova dança,
  e você baila e me embala
  num ritmo lento e insistente
  até chegarmos... e... chegamos...
  ...

  serei tua mil vezes
e bilhões de vezes
novamente tua
até eternizar a tua fera na minha gruta.

como dizer não a esse dia cinza
se nele acordei e vi a vida.
como dizer não ao hoje que possuo
quando muitos já o perderam?!
não tem explicação chorar pelo ontem
se é o hoje que nos abraça...
... e nos promete o amanhã.



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