
Pedro Homem de Melo nasceu no Porto em 1904. Formou se, em 1926, na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi delegado do Procurador da República em Águeda, em1927, e exerceu advocacia. Foi professor do ensino secundário e director da Escola Comercial Mouzinho da Silveira.
Entre muitas actividades, destaca se a sua dedicada pesquisa sobre o folclore português, com vários programas de televisão, ensaios e exposições de recolha etnográfica da diversidade de registos musicais e culturais de norte a sul do país. Como obras mais significativas publicadas nesta área contam se "A Poesia na Dança e nos Cantares do Povo Português" (1941) e "Danças de Portuga".
Como poeta, fez parte do movimento da revista "Presença". Estreou se na escrita com "Caravela ao Mar" (1934), conquistando em 1939, o Prémio Antero de Quental com "Segredo". Receberia ainda o Prémio Ocidente com "Uma Rosa na Manhã Agreste" (1964), o prémio Casimiro Dantas com "Eu Hei de Voltar um Dia" (1966) e o Prémio Nacional de Poesia com "Eu Desci dos Infernos" (1972). Entre as suas obras contam se ainda "Pecado" (1942), "Jardins Suspensos" (1937), "Príncipe Perfeito" (1944), "Bodas Vermelhas" (1947), "Miserere" (1948), "Os Amigos Infelizes" (1952), "Grande, Grande Era a Cidade" (1955), "Povo Que Lavas no Rio", "Ecce Homo" (1974) e "Poemas Escolhidos" (1983). As raízes do seu lirismo bem português mergulham na própria vivência íntima e na profunda sintonia com o povo, cuja alma se lhe abria através do folclore, tendo por cenário a paisagem nortenha.
Pedro Homem de Melo faleceu em 1984.