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Natércia Freire nasceu em Benavente em 1920. Completou o curso do magistério primário. Foi colaboradora dos "Cadernos de Poesia" e dirigiu o suplemento literário do jornal "Diário de Notícias". Após a sua estreia, em 1939, com "Meu Caminho de Luz", escreveu ainda outras obras de poesia como "Estátua" (1941)," Horizonte Fechado" (1942), "Rio Infindável" (1947), pelo qual receceu o Prémio Antero de Quental, "Anel de Sete Pedras" (1952), "Poemas? (1957), "Liberta em Pedra" (1964), "Os Intrusos" (1971, Prémio Nacional de Poesia, ex aequo com David Mourão Ferreira) e "Liberdade Solar" (1978). Da sua obra em prosa, destacam se "A Alma da Velha Casa" (1945), "Infância de Que Nasci" (1955, Prémio Ricardo Malheiros), "Não Vás, Minha Gazela" (1957) e "Solidão sobre as Searas" (1961). Admiradora de Cecília Meireles e afastada das escolas literárias, nas suas obras surgem frequentemente evocações nostálgicas.