Miguel Hernández
BIOGRAFIA
 

Miguel Hernández nasceu em 1910, em Orihuela (Alicante), Espanha. Provinha de uma família de poucas posses e trabalhava como pastor e tratador de gado. Estudou nas "Escuelas Del Avemaria" e depois como bolsista no colégio dos jesuítas até os 14 anos. Teve então de se dedicar ao trabalho e somente a sua força de vontade o manteve perto dos livros que os amigos lhe emprestavam. Em 1931 partiu para Madrid com o intuito de fazer fortuna, mas logo regressou à sua cidade sem ter conseguido alcançar esse objectivo. Superada essa primeira etapa da sua vida, adoptou ainda um estilo gongorino e barroco e fez uma nova viagem a Madrid, onde estabeleceu amizade com os poetas da geração de 27 e 36. Quando se iniciou a Guerra Civil espanhola, alistou se no exército republicano como comissário de actividades culturais e de propaganda. Casou em 1937 com Josefina Manresa. Com a derrota da República, foi preso e condenado à morte, mas a sua pena foi trocada por trinta anos de prisão. Tuberculoso, morreu na prisão de Alicante em 28 de Março de 1942.
Miguel Hernández escreveu, para além de poesia, teatro e prosa.
"Poemas sueltos, I"
"Perito en lunas"
"Poemas sueltos, II"
"El silbo vulnerado"
"Imagen de tu huella"
"El rayo que no cesa"
"Poemas sueltos, III"
"Viento del pueblo"
"Poemas sueltos, IV"
"El hombre acecha"
"Cancionero y romancero de ausencias"
"Poemas sueltos, V"
"Poemas últimos"

"Recordar Miguel Hernández, que desapareceu na obscuridade, e recordá lo em plena luz, é um dever de Espanha, um dever de amor. Haverá poucos poetas tão generosos e luminosos (?). Não tinha Miguel a luz zenital do Sul, como os poetas rectilíneos da Andaluzia, antes uma luz de terra, de manhã pedregosa, luz espessa de favo despertando. Com esta matéria dura como o ouro, viva como o sangue, traçou a sua poesia duradoura. E foi este o homem que naquele momento a Espanha desterrou para a sombra! Toca nos agora e sempre arrancá lo do seu cárcere mortal, iluminá lo com a sua valentia e o seu martírio, mostrá lo como exemplo de coração puríssimo!"
Pablo Neruda