Augusto César Ferreira Gil nasceu em Lordelo do Ouro (Porto), em 1873.
Estudou inicialmente na Guarda, donde os pais eram oriundos, e formou se em Direito na Universidade de Coimbra. Começou a exercer advocacia em Lisboa, tornando se mais tarde director geral das Belas Artes.
Frequentador de tertúlias literárias, reconhecem se na sua obra influências de Guerra Junqueiro, do simbolismo e, pela sua veia popular, de João de Deus. Também influenciado pelo lirismo de António Nobre, a sua poesia insere se numa perspectiva neo romântica nacionalista.
Cultivou uma poesia simples, de tom sentimental e nostálgico, coloquial, por vezes satírica, retratando circunstâncias prosaicas do quotidiano.
Augusto Gil faleceu em Lisboa, em 1929.
Obras poéticas: Musa Cérula (1894), Versos (1898), Luar de Janeiro (1909), O Canto da Cigarra (1910), Sombra de Fumo (1915), Alba Plena (1916), O Craveiro da Janela (1920), Avena Rústica (1927) e Rosas desta Manhã (1930).
Crónicas: Gente de Palmo e Meio (1913).