Luís Gaspar
Currículo


1936 – Nasce a ouvir o apito dos comboios na estação de Campolide, em Lisboa.
Até 1943 Vive feliz à beira do Jardim das Amoreiras embalado pelo ruído das máquinas da Fábrica da Seda. Namora com a Ruth que o abandona para ir casar, anos mais tarde com o Lúcio Lara.
De 1943 a 1953 Passa pela escolinha da D. Laura na rua de D. Diniz, pela Veiga Beirão onde se jogava firix e pelo Instituto Comercial de Lisboa. Nestes longos anos de fracote aproveitamento escolar conhece a Lourdes, a segunda namorada, o Luís Filipe Costa, o Carlos Brito, o Telmo Protásio, a Adelaide Granadeiro e mais um punhado de gente porreira entre os quais o Andrade que apesar de muito coxo foi campeão de ping pong no "Cortiço"
1954 – Entra na Grande Roda do Trabalho pela porta do programa radiofónico "Tronco em Flor" a coisa que a Mocidade Portuguesa fazia para "fortalecer" a moral da juventude.
De 1954 a 1957 Faz teatro radiofónico na Emissora Nacional (dois prémios Flama: a "Revelação do Ano" e o "Melhor Actor Jovem"); locução, representação e realização no Rádio Club Português e Rádio Renascença até que a URSS invade a Checoslovária. Para não se sentir joguete da informação da altura abandona a rádio.
1957 – Entra, como copy na G. Thibaud & Cie., a agência de publicidade da FIMA-LEVER.
1960 – Curso de TV Executive (um ano) organizado pela Unilever, em Londres. Estágio de três meses em Paris. Seminários, vários.
1961 – Organiza, na agência de publicidade, o Departamento de Produção Audiovisual que dirige durante os seis anos seguintes. É, assim, o primeiro TV Executive em Portugal.
1967 – Deixa a Agência de Publicidade para, com António da Cunha Teles e mais uns tantos malucos, fundar a produtora de filmes Ciclorama. Como seria de esperar a aventura dura pouco tempo.
1968 – Com Mário Neves, Faria de Almeida e Fernando Pernes funda a Panorâmida 35.
1969 – Compra as cotas aos outros sócios e fica único proprietário da produtora de filmes.
1971 – Recusa vender a produtora a uma das maiores empresas portuguesas: a Portugal e Colónias o que, provavelmente o impede, hoje, de ser conduzido por chofer num Mercedes de topo de gama. Quem sabe se aviãozinho particular! Não há dúvida que teve muita sorte!
1972 – Abre o capital da Panorâmica para a entrada, como sócios/realizadores, a Figueiredo Nunes (que havia sido seu assistente na Agência de Publicidade) e a João Rapazote Fernandes com quem trabalhara na produção de filmes para a Ciesa NCK onde este fora TV. Executive.
1973 – Eleito Presidente da Divisão de Produtores do Grémio Nacional das Actividades Publicitárias contra a vontade da PIDE. Representa Portugal (de 1968 a 1970) na Associação Internacional de Produtores de Filmes de Publicidade que reune em Cannes durante os festivais. Assiste de 1960 a 1973 aos festivais de Cannes e Veneza (publicidade) com dois anos de interregno.
1974 – Adeus publicidade! ‘Bora ‘prá revolução! Trabalha (à borla, pois claro!) no núcleio de propaganda do MDP/CDE e mais tarde na SIP (Serviço de Informação e Propaganda) do Comité Central do PCP onde, até à chegada de Mikhail Gorbatchev, participa em inúmeras campanhas políticas.
1980 – Realiza (sem cliente nem briefings) vários documentários de cariz político: "Deolinda da Seara Vermelha", "O Rendeiro" "Operação Boa Colheita", "À Procura de Uma Resposta" (realizado na Bulgária) assim como uma série de 8 documentários para a RTP ("Festas e Romarias")
1990 – Recupera para si e a tempo inteiro, a profissão de locutor de publicidade. Bem pago, pouco trabalho!
1997 – Cria o site TRUCA onde "consome" várias horas por semana do tempo disponível entre locuções de publicidade e "outras" que se diverte a fazer no seu "home studio".
2005 – No ano em que aparecem os audioblogues, cria um dos primeiros em língua portuguesa: o Estúdio Raposa


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