O Director de Produção de cinema Oscar Cruz não é coleccionador de postais mas tem uma colecção com exemplares interessantíssimos. Semanalmente, vou incluindo aqui algumas das suas preciosidades. Espero que goste.
Não será um postal muito antigo mas é de boa vontade para desejar aos visitantes desta página um Natal Feliz.
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No mesmo dia, 1 de Novembro de 1914, o Francisco escreve postais diferents (não muito) para a tia e para a prima. Uma curiosidade: a palavra "Lisboa" está escrita de modo diferente num e noutro postal. E não há mais nada para dizer, excepto, que o postal par a prima não foi enviado pelo correio apesar de ter selo.
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Poderíamos chamar lhe "imagens da crueldade infantil". Mas não é, certamente, esse o espírito dos postais. Aquele onde o casalinho parece estar a pregar uma grande descompostura ao mais pequeno, não foi escrito. No primeiro, onde não se sabe se a menina mais velhinha está a segurar ou vai empurar o mais pequeno vamos admitir que as intenções são as mais puras. Nele, a remetente está a escrever aos pais e o João e a Ermelindo serão, provavelmente, maninhos mais pequenos.
Tudo purinho, na Paz do Senhor!
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Descubra as diferenças. O papá está em Espamnha e ruído de saudades da filha e da esposa. Afirma que trará uma surpresa? Oque seria? Molocotones?
Uma curiosidade: ospostais foram escritos no mesmo dia: 18 de Abril de 1916.
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No primeiro postal, escrito em 23 de Agosto de 1910 (será que a família real sonhava que daí a pouco mais de um mês estaria a embarcar, na Ericeira, para o exílio?) o espaço é usado para enviar beijos e abraços a toda a família, nomeada, membro a membro. Assim se preenchia o postal. No segundo para além de se esperar uma visita para o Domingo seguinte (ainda não se falava em fim de semana!) aproveita se o varandim para uma identificação com a destinatária: "Esta és tu e as pombinhas uma leva uma carta do teu amor e outra leva te um raminho de rosas que mando eu.
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Mais dois exemplares da interessante colecção de postais e selos angolanos numa edição da Casa da Moeda. Selos e respectivos modelos correspondentes às várias etnias do território angolano.
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Bem tentei descobrir a relação entre estes postais e as línguas de fora. Os textos não nos levam a nenhuma conclusão. Apenas, no caso do Papá João, a língua de fora poderá signficar o simples facto de, no Porto, não ter podido comprar uma camélia! No segundo será que a novidade que não é divulgada dava direito a língua de fora?
Os dois postais foram dirigidos à Menina Maria e o remetente era o seu papá.
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Pode dizer se que é tudo uma questão de coroa. As caras são as mesmas. Só que num dos postais, os anjos tocam instrumentos celestiais e no outro a menina carrega um belo ramos de flores. Diferenças mínimas. Hoje, porque no princípio do Sec. XX...
O destinatário é o mesmo nos dois postais: a Maria que fazia anos. Quem os envia é diferente mas, se reparar no "Ilustríssima e Escelentíssima Senhora", verá que foi escrito pelo mesmmo punho. Mistérios que os protagonistas já não poderão explicar.
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Há pintos e...pintos!
Postais do início do séc XX
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Um conjunto a que podemos chamar "os comboios de brincar". São postais dos primeiros anos do século passado e foram escritos a desejarem um feliz aniversário a uma jovem menina.
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Postais com casalinhos estavam na moda em 1910. Num dos casos, Setembro. Daí a 12 dias os Reis de Portugal partiriam para a Ericeira de onde zarpariam a caminho do exílio em Inglaterra. Num dos postais uma prima conta à prima que chegaram a Loures às 4 da manhã. Tendo em conta que não seria de bom tom deixar a casa da amiga muito tarde conclui se que chegar a Loures nesse tempo era...uma carga de trabalhos. Talvez houvesse cheia!
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Estes postais foram usados para enviar parabéns, não vá pensar se outra coisa tendo em conta a actualidade. No primeiro, escrito em 1912, simplesmente, parabéns Mariazinha, e pronto.
No segundo as coisas fiam mais fino. A remetente (a Maria José) acha que a menina do postal é parecida com a aniversariante que dá pelo nome de Micas.
Aproveita ainda a fotografia para esta frase lapidar: "A amizade quando verdadeira é um dos mais nobres sentimentos." Foi escrito em 1916 e já havia quem colasse o selo de cabeça para baixo.
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Pois é! Não tenho nada para dizer sobre este postal. A não ser o óbvio: deve ter sido escrito no início do Sec. XX e o sêlo era aposto sobre a fotografia. Não tenho o verso porque a imagem foi picada da Net.
Agradeço um complemento de informação ao cuidado dos prestimosos truquistas.
Ah, falta dizer que este postal não faz parte da colecção do Oscar!
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Este postal da linda freirinha foi escrito (1918) por uma mulher apaixonada ao seu namorado de nome Felix e quem ela chama "Felinhos". E a paixão é tal que sobre a fotografia escreve esta frase: "Se por ti um dia fosse abandonada seria este o meu destino."
Depois o terno e saudoso beijo não engana ninguém. Oh, amor dos sacrifícios!
1917 é a data em que uma filha preocupada escreve ao paizinho que, maroto, não escreve quando promete. A composição fotográfica é notável e, cá para mim, não é mais do que uma imagem da saudade...da casinha!
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Em Junho de 75 (como o prova o carimbo) era possível obter estes postais em Angola. Trata se de uma valiosa emissão de selos, os quais eram vendidos apostos nos postais com a fotografia das mulheres que haviam servido de modelo. A colecção é composta por vários selos que irei apresentando de vez em quando, ao sabor do acaso...
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No primeiro postal a Julieta escreve à prima e diz esta coisas espantosa para uma "dirty mind" como a minha: "O papá e as creadas vão ahi passar alguns dias"
No segundo postal não há texto manuscrito mas tudo indica que foi enviado em tempo de Carnaval. Ambos de 1911, Mais uma vez, note se, a República a aproveitar os selos do Senhor Rei.
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São dois postais escritos em 1914 em datas diferentes. Num agradece se à prima o postal recebido e no outro dão se os parabéns a prima que faz aninhos. A curiosidade destes postais está no facto do modelo (uma carinha muito laroca) ser o mesmo mas em posturas diferentes.
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Os postais desta semana são dedicados às belezas do início do século passado. Dois postais escritos antes de 1910 (seguir a pista dos selos) onde uma das belezas é sublinhada com umas pequenas estrelas impressas sobre a fotografia e na segunda, com a presença das rosas. Os textos não adiantam muito à história. No primeiro a esposa dirige se ao marido e a beleza do modelo só pode significar que ela (a esposa) não ficava nada a dever à beleza. No texto do segundo postal salta o drama da perca do canário. A senhora chegou a casa e deu com a gaiola vazia. Drama!
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